SOBRECARGA DA TERRA

Já é calculado e validado que o Planeta Terra possui recursos finitos.
Não é intuitivo confrontar, no entanto, que o ser humano é naturalmente insaciável como espécie.

Esse antagonismo nas relações {disponibilidade finita X crescimento econômico e populacional ilimitados} nos trás à tona, anos após ano, uma pegada ecológica incompatível com o desenvolvimento científico e tecnológico que tivemos até aqui.

Remonta-se à teoria Malthusiana, ainda na época do Iluminismo, que apontava para um crescimento populacional em ritmo acelerado (progressão geométrica), superando a oferta de alimentos (progressão aritmética), o que resultaria em problemas como fome e miséria.

Ainda que a teoria de Malthus tenha sido superada pelo cientificismo, apesar de tamanho desenvolvimento econômico desde a revolução industrial – extremamente centralizado e às custas de externalidades negativas diga-se de passagem – a Humanidade ainda encara fome e miséria em diversas partes do Planeta. E com a escassez iminente, dificilmente poderemos superá-la sem altos custos e mudanças.

Aceitar que será preciso frear o consumo, alterar drasticamente estilos de Vida, repensar nossa História na Terra e até nossa sucessão como Homo Sapiens não é uma tarefa populista, mercantil, rentável e real a qualquer sociedade organizada hoje.

Como dividir melhor recursos finitos e prover condições básicas a todas as espécies, se é humanamente instintivo querer mais e melhor? Pra mim é o grande desafio das nossas gerações nesse milênio.

Por: Engenheira Ambiental Paola Bello

Deixe uma resposta